sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008

Esse foi um ano de intensos acontecimentos, tivemos olimpíadas, eleições, casos que chocaram o país, “craques” de futebol repatriados, em fim, em 2008 tivemos de tudo. Fomos da gloria olímpica ao pavor da grande crise econômica, até a nação mais importante do mundo viveu um ano inesquecível, esses 365 dias, de fato, entrarão para história.

Na política tivemos um ano intenso: aqui no Brasil fomos às unas eleger os nossos prefeitos e vereadores, vimos à consolidação do nome do presidente Lula como um grande líder nacional, após o recorde de aprovação popular bater os 73% de aprovação algo nunca visto no país. Nos Estados Unidos a história foi feita ao alcance dos nossos olhos, pela primeira vez um negro irá presidir a principal potência do mundo, o Democrata Obama foi eleito com a maioria do voto popular e do colegiado. Já em Cuba, após 49 anos de poder o Presidente Fidel Castro, por motivos de saúde, renunciou deixando a presidência para seu irmão Raul Castro.

Na América do sul o ano foi marcado pela tensão entre os vizinhos Colômbia e Equador, onde os equatorianos acusam os colombianos de terem invadido o seu território em ataque que matou o número dois da FARC. A Venezuela tomou partido do Equador e por pouco não tivemos um conflito no continente. Outro fato importante foi a libertação das reféns da FARC, Clara Rojas e Ingrid Bitencout, mantidas em cárcere por mais de seis anos.

Esse foi o ano do esporte. As Olimpíadas de Pequim mostraram o nascimento de um monstro olímpico, nas piscinas, o americano Michael Pelphs tornou-se o maior medalhista de ouro na história dos jogos, conquistando seis medalhas douradas. Das piscinas chinesas o Brasil também ganhou um novo ídolo, pela primeira vez um brasileiro subiu no lugar mais alto do pódio na natação e o autor do grande feito foi César Cielo, vencedor dos 50m. Mas em Pequim os jogos foram das mulheres, elas conseguiram ótimos resultados e medalhas para o Brasil, tanto nos esportes coletivos quanto nos individuais, fato até então inédito.

No futebol brasileiro a torcida teve um ano de briga com o comandante da Seleção canarinho, com pedidos de “Adeus Dunga!” o Brasil não conseguiu embalar jogando em território nacional. O São Paulo conquistou o hexacampeonato brasileiro, em um campeonato decidido na última rodada. O Corinthians,além de voltar a série A,ainda trouxe de volta,aos gramados brasileiros,o atacante Ronaldo “Fenômeno” que defenderá o clube na temporada de 2009. O futebol nordestino também marcou presença nesse ano com o título da Copa do Brasil pelo Sport Clube do Recife. Mas o ano não foi bom para os clubes cariocas: o Fluminense, após chegar à final da Libertados da América, perdeu o título para LDU num Maracanã lotado; O Flamengo nadou,nadou, nadou e morreu na praia no brasileirão, porém ninguém sofreu mais do que os vascaínos que viram o time cair para segunda divisão.

Na Fómula1 esse foi o ano deHamilton, o inglês foi campeão na última curva do último circuito da temporada.

Infelizmente, 2008 também será lembrado pelos fatos policiais, fomos do “caso Isabela”, onde a menina de cinco anos foi atirada pela janela do apartamento onde passava o fim de semana com o pai e a madrasta, ao “caso Eloá”, no qual a adolescente foi mantida refém juntamente com sua melhor amiga pelo ex- namorado, infelizmente a jovem perdeu a vida após mais de 100 horas de seqüestro, dois crimes que sensibilizaram o brasileiro,outro fato violento aconteceu no Rio de Janeiro, onde uma criança foi morta após ter tido o carro onde se encontrava metralhado por Policiais militares.

Para economia 2008 deve ser esquecido. A crise financeira, que começou nos Estados Unidos, tomou todo o mundo gerando um grande caos financeiro por onde passava; o capitalismo foi posto à prova.

O Brasil chorou com as vítimas das enchentes em santa Catarina, porém, atragédia serviu paa mostrar o quanto o brasileiro é unido e sensível a dor alheia.

Tivemos de tudo em 2008 e, com certeza, ele deixará saudades. Agora, até 2009!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

S.O.S: Ajudem os times cariocas


Um assunto, sem dúvidas, irá dominar as rodas de discussão entre os apaixonados por futebol até o fim do ano: a queda do Vasco da Gama para segunda divisão. Mas esse texto não se propõe a ser mais um espaço para o desenrolar desse tema. O que pretendo é falar sobre o “assistencialismo” que tanto a mídia quanto o Estado brasileiro disponibilizam para os clubes de futebol do Rio de Janeiro.

Como se não bastasse a grande torcida da Rede Globo, o maior veículo de comunicação do país, pela permanência do Vasco na elite do futebol nacional, deixando de dar a mesma importância aos demais times que corriam o mesmo risco, agora vejo que há o interesse de uma grande empresa ESTATAL em firmar parceria com o clube Cruzmaltino. Agora como cidadão brasileiro, não consigo entender o que a ELETROBRÁS ganhará com essa parceria. Porque, segundo o que está sendo veiculado na mídia, o Vasco receberá cerca de 19,5 milhões por ano durante três temporadas, ou seja, um total de 58,5 milhões em três anos.

Vale salientar que todo esse dinheiro que será “investido”, se tratando de uma empresa pública, sairá do nosso bolso. Se o objetivo dessa ação é promover uma maior publicidade da empresa ou um incentivo ao futebol, por que não foi feita com um time do Nordeste? No ano passado, a maior média de público pertenceu a um time dessa região, o E. C. Bahia, com cerca de 40 mil torcedores por jogo. Isso geraria uma grande publicidade, não acham?

Sei que alguns poderão pensar que esse é um texto de um nordestino com inveja do grande negócio que o Vasco está prestes a fazer, mas não é. Esse é um texto de um brasileiro, amante do futebol, que se vê indignado com o total assistencialismo que é dado a minoria dos clubes do país; ou melhor, aos times do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sintoma Midiático



A população brasileira está vivenciando através dos meios de comunicação as conseqüências das desastrosas enchentes que assolaram o território de Santa Catarina, ocasionado mortes e muitos desabrigados. Realmente a situação é caótica, serão necessários dois anos para que se reconstruam as cidades atingidas.O que quero levantar aqui não é nenhuma campanha de solidariedade às vitimas, mas buscar o entendimento para algumas questões implícitas e relevantes ao Brasil.


A fome é um problema presente na região Nordeste que, com certeza, mata muitas pessoas e, não podemos esquecer da seca, que desde o período imperial buscam-se meios de combate. São necessidades que também causam mortes, sofrimento e abandono, logo são esquecidos por grande parte da sociedade. Não estou querendo com isso extrair a sensibilidade de você nosso leitor para com as vitimas das enchentes. Não! Apenas desejo salientar que problemas considerados sérios são enfrentados por uma boa parte da população nordestina, e mesmo assim não ganham repercussão na mídia.


Aqui não chegam caminhões, tropas, e muito menos ver-se campanhas em programas de TV, arrecadando quantias para as vitimas da fome ou da seca. O Nordeste nunca foi bem visto no cenário midiático, quando há algo se referindo a esta região, é mais fácil ver um senhor chamado Antonio numa casinha de taipa ou ainda, em cima de jumento, correndo caatinga a fora, com uma casa cheia de crianças, todas despenteadas, roupas rasgadas, e um fogão com panelas vazias. Já a região sul, tida como rica, vemos uma população branca, bem vestida, ruas bem pavimentadas, fábricas, boas escolas e claro; uma economia estável.


A população brasileira se mostra solidária às vitimas das enchentes, porém existem outras áreas brasileiras que também pedem socorro e que passa seca entra seca, e ninguém se sensibiliza. Chega de pensar no buraco do umbigo. Olha para os lados Brasil e aprenda de uma vez que isto não passa de um sintoma midiático!